Se você vê um jogador famoso e acha que ele deu sorte, saiba que não é bem assim. Nesse texto, vamos mostrar 10 histórias surpreendentes de superação deles e vai ver que se trata de merecimento. E já adiantamos: são histórias bastante tristes.
Tem jogador que tentou passar pela fronteira, outro viu o pai assassinar a mãe, teve aquele que não pode salvar o irmão que morreu afogado no mar e muito mais. Continue lendo e passe a ver o futebol com outros olhos.
10 - Breno (Brasil)
O zagueiro Breno que já jogou no Bayern de Munique, da Alemanha, que virou assunto quando chegou a pôr fogo na própria casa em que morava. Ele foi preso por isso. Mas conseguiu dar uma reviravolta no rumo da sua história como profissional.
Tudo aconteceu devido a uma situação complicada, sendo que o jogador ficou deprimido e se sentiu pressionado por conta do trabalho. Logo, essa foi a justificativa dele para tal ato. Ele foi condenado a quase 4 anos de prisão em 2012. Mas em 2014 a pena foi suspensa.
No futebol, a carreira dele começou no São Paulo em 2007. Logo, ele foi para a Alemanha. Após isso, passou pelo Nuremberg, voltou ao São Paulo, foi para o Vasco da Gama e hoje está lá, sendo um dos principais zagueiros do clube carioca.
9 - Carlos Salcido (México)
Assim como muitos latino- americanos, Salcido sempre teve na cabeça a ideia de se mudar para os Estados Unidos para dar a família melhores condições de vida. Assim, ele tentou cruzar a fronteira ilegalmente em 3 oportunidades, sendo deportado em todas elas.
Aos 20 anos, ele diz que nunca pensou que seria jogador de futebol, ainda mais vestindo a camisa do seu país, como é o que aconteceu com ele. A sua sorte foi que ele participou de um jogo que tinha olheiros do Chivas Guadalajara e assim ele foi profissionalizado.
A carreira dele só deslanchou desde esse dia, sendo que ele deixou de lado a ideia de ser um imigrante. Entre os seus principais títulos, ele tem uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Hoje, ele defende o seu primeiro clube, o Guadalara.
8 - Jakub Blaszczykowski (Polônia)
Esse jogador presenciou a morte da mãe, sendo que o assassino foi o seu pai. Imagine só a cena! Isso aconteceu em 1996. Ainda assim, o polonês, que é um meia-atacante dos bons, seguiu a carreira. Hoje, a cada gol marcado, ele aponta para os céus, em homenagem a mãe.
Começou a vida profissional em 2003 no seu país de origem. Mas em 2007 foi para o Borussia Dortmund, da Alemanha, onde ficou por quase 10 temporadas. Ainda passou pelo Fiorentina, Wolfsburg antes de chegar até o Wisla Cracóvia, da Polônia, onde está até hoje.
O jogador foi criado pela avó e recebeu o apoio profissional do tio, que é ex-jogador de futebol da Seleção Polonesa (Jerzy Brzeczek) e medalhista olímpico de 1992. O pai dele foi preso mais tarde durante 15 anos devido ao esfaqueamento.
7 - Victorio Francisco Casa (Argentina)
O primeiro argentino que trouxemos aqui é bem menos conhecido do que o que virá abaixo. Porém você tem que conhecer ele. Nascido em Mar del Plata, aos 21 anos, ele saiu com a namorada e parou em um lugar proibido, em frente a uma instalação militar de Buenos Aires.
Assim, não ouviu os avisos dos soldados e foi alvejado por uma metralhadora. Ele precisou amputar o braço direito, sendo que foi um taxista que salvou a sua vida. Após 45 dias do acontecimento, ele voltou aos gramados.
Inclusive, o exército foi quem patrocinou um braço ortopédico para ele. Só que ele não se adaptou devido ao peso. Ainda assim, continuou jogando e só se aposentou mais tarde, após 72 partidas e 5 gols, pelo San Lorenzo.
6 - Didier Zokora (Costa do Marfim)
A história do Zokora também é triste. Aos 13 anos, ele foi junto com o irmão para a academia Asec Mimosas. Ela é uma espécie de escola que forma os melhores jogadores de futebol da África. Assim, eles foram comemorar o feito em uma praia.
O problema é que o irmão, Armando, não sabia nadar e morreu afogado. Assim, o único jeito de seguir em frente que o Zokora encontrou foi levando o futebol a sério. Por isso, ele conseguiu se profissionalizar e se tornar um ícone do seu país.
Mais tarde, ele reviveu o momento quando o seu irmão mais novo, Arnaud, entrou para a mesma academia. Atualmente, com 40 anos, Zokora é aposentado do futebol, sendo que jogou em grandes clubes internacionais, como Sevilla e Tottenham.
5 - Ronaldinho Gaúcho (Brasil)
O jogador brasileiro dentuço, que é muito conhecido por ser bem-humorado, mas surgiu na imprensa por notícias negativas, como prisão e identidade falsa nos últimos anos, também teve uma infância que precisa ser respeitada.
Ele veio de uma família pobre, de um lugar pobre e jogou bola no chão de terra por muito tempo. Os pais moravam em uma casa de madeira na favela. Mas tudo começou a mudar quando ele entrou para a escola de futebol do Grêmio, no Rio Grande do Sul.
Aos 8 anos, ele perdeu o pai. Ainda sobre a vida pessoal, ele tem um filho com uma dançarina carioca, que nasceu em 2005. Hoje em dia, ele também é empresário, sendo que tem uma linha de relógios esportivos. Em 2018, ele entrou para a política.
4 - Tevez (Argentina)
Ele sempre foi considerado um jogador habilidoso e até mesmo carismático. No entanto, a infância dele foi bem complicada. Isso porque o jogador nasceu na favela e precisou conviver com as drogas e a violência por muito tempo. Mas deu a volta por cima após trilhar carreira no futebol.
Atualmente, com 37 anos ele atua pelo Boca Juniors, que também foi o seu primeiro clube profissional, em 2001. Tem passagens pelo Corinthians, West Ham, Juventus, Manchester City e United, além do Shanguai Shenhua.
Sobre a infância, ele cresceu em Fuerte Apache. Ele tem como maior ídolo o brasileiro Ronaldo. Sempre foi conhecido pelos seus apelidos mais pejorativos, além das suas cicatrizes de queimadura, que vieram da queda de água fervente quando ele tinha 1 ano.
3 - Héctor Castro (Uruguai)
Essa é uma daquelas histórias que todo mundo deveria conhecer, mesmo quem não gosta tanto assim de futebol. O Héctor foi considerado o primeiro uruguaio a marcar gol em Copa do Mundo. Só que aos 13 anos ele sofreu um acidente de trabalho.
A serra elétrica cortou o braço direito dele, abaixo do cotovelo. Mesmo assim, ele foi contratado aos 20 anos pelo Nacional de Montevidéu. E jogou pelo Uruguai em 1930, na primeira Copa do Mundo da história.
Além de ser o primeiro uruguaio a marcar, ele fez o primeiro gol no Estádio Centenário. E não é à toa que ele ficou apelidado como “O Divino Manco”. Além do Nacional, ele jogou pelo Estudiantes de la Plata também. Foi ouro em 1928 nos Jogos de Amsterdã.
2 - Balotelli (Itália)
Hoje, o Mario Balotelli é italiano, só que a origem dele é ganesa. O fato é que com 30 anos, ele é um jogador do Monza, na Itália. A sua história mais marcante dentro dos gramados foi pelo Internazionale, de 2007 a 2010. Depois, ainda jogou no Manchester City, Milan, Liverpool.
O que pouca gente sabe é que a infância do jogador foi muito sofrida. Ele foi abandonado pelos seus pais, Thomas e Rose Barwuah, que eram imigrantes ganeses. E quem cuidou dele foram os médicos, que assistiram o jogador até os 2 anos de idade.
Depois disso, aos 3 anos, os pais optaram por entregar o garoto para adoção, já que eles não tinham condição de criar a criança. Ele foi criado por Francesco e Silvia Balotelli, com mais 3 irmãos mais velhos. Entre os títulos, ele tem a Liga dos Campeões da UEFA.
1 - Cristiano Ronaldo (Portugal)
E engana-se quem pensa que o maior jogador do mundo viveu apenas de alegria. Ele é um dos jogadores mais ricos e famosos do mundo hoje. Porém a sua história é toda de superação. O motivo? Ele viu o pai morrer devido ao álcool. A morte do pai aconteceu em 2005.
Inclusive, o fato aconteceu um pouco antes do jogo entre Portugal e Rússia. Devido ao papel social importante no trabalho contra o álcool e drogas, ele ganhou o prêmio de 2010, como o não-fumador do ano.
Uma boa parte da vida pessoal dele está narrada em “Momentos”, que é uma biografia que ele lançou e cita a morte do pai, além de alguns romances. Muito católico, Cristiano Ronaldo tem 3 irmãos. Atualmente, tem 4 filhos, sendo que não divulga identidades.
In Memorian – Robert Enke (Alemanha)
Essa não é uma história com final feliz. Ainda assim, é uma história que precisa ser lembrada. Robert Enke foi um jogador de futebol alemão que atuava como goleiro. Ele começou a carreira no Carl Zeiss Jena e passou por Barcelona, Benfica, Fenerbahce, Hannover 96.
No entanto, em novembro de 2009, aos 32 anos, ele cometeu suicídio ao se jogar em um cruzamento ferroviário em Eilvese, próximo a Hanover, na Alemanha. Familiares disseram que ele estava com depressão desde a morte de sua filha, Lara, em 2006.