Quando a gente vê um jogador de futebol correndo pelo gramado, a gente não imagina tudo o que ele passou na vida. O mesmo vale para nadadores, ginastas, corredores. Por isso, as histórias que temos aqui surpreendem. Há quem tenha usado os ratos e as baratas como público para os treinos. Acredite!
Por isso, nesse conteúdo você vai ler desde histórias que mostram a superação das drogas e da depressão até aquelas que falam sobre cirurgias, possíveis amputações e até mesmo AVCs. E sim, esses atletas superaram tudo isso para, em boa parte das vezes, chegaram ao pódio dos Jogos Olímpicos.
11 - Michael Phelps (Natação)
A gente vai começar com Phelps porque o maior medalhista olímpico do mundo tem uma história de vida que vale a pena ser contada. Ele teve depressão profunda, mesmo que pouca gente saiba disso. Em 2014, por exemplo, se viciou em pôquer, bebidas e drogas.
E tem mais: foi preso em flagrante ao dirigir bêbado e ficou 45 dias internado em uma clínica de reabilitação. “Um trem desgovernado”, como ele mesmo falou. Mas, após isso, você sabe o que aconteceu, com rotinas de treinos e competições, ele se tornou um ícone do esporte.
“Estou feliz com esse trabalho que fiz por 2 anos para ser capaz de voltar às piscinas e chegar onde estou hoje”, comentou Phelps durante os Jogos do Rio, em 2016.
10 - Mo Farah (Corredor)
Mo é naturalizado inglês, só que nasceu na Somália. A história de superação dele começa quando ele foge do seu país natal, aos 8 anos de idade, devida ao islamismo. A Guerra Civil do Djibouti foi o ponto de saída dele daquele lugar.
Com tantas mortes em guerra, Mo conseguiu deixar o passado triste para lá e se tornou um campeão olímpico de respeito. Ao todo, ele tem 4 ouros, sendo nos 5.000 metros e nos 10.000 metros. Atualmente, ele é um exemplo de força de vontade.
9 - Ronaldo Fenômeno (Futebol)
De fato, a história do Ronaldinho ou do Ronaldo Fenômeno, como você queira chamar, é incrível. E isso também passa pela superação. Para quem não sabe, nós estamos falando de um dos principais nomes do futebol no Brasil, e a superação passa pelas lesões que ele teve.
Em 2000, ele rompeu o tendão e o ligamento do joelho direito, ainda pelo Inter de Milão. Essa não foi a primeira lesão, mas foi a mais grave. Em 2002, ele disputou a Copa do Mundo e ajudou o Brasil a conseguir o pentacampeonato. Foi eleito o melhor jogador do mundo.
No ano de 2006, Ronaldo passou por mais duas cirurgias, agora na perna esquerda. Em 2008, uma nova lesão, no tendão do joelho esquerdo. E quando ninguém mais acreditava que ele voltaria a campo, ele foi contratado pelo Corinthians e campeão de alguns torneios.
8 - Jaqueline (Vôlei)
Jaqueline é hoje em dia uma ex-atleta do voleibol feminino das mais lembradas. No ano de 2002, ela foi convocada para a seleção juvenil de vôlei, sendo considerada a melhor jogadora do mundial daquele ano. Porém, ela rompeu uma veia da mão direita, que causou a trombose.
No hospital, médicos chegaram a cogitar a possibilidade de amputação do braço. Porém, mais tarde ela descobriu que a rápida chegada até base profissional impactou o corpo dela, negativamente. E nas estreias dos Jogos Pan-Americanos de 2011, ela sofreu nova lesão.
Mas, no ano seguinte, em 2012, nos Jogos de Londres, Jaqueline voltou às quadras e conseguiu a segunda medalha de ouro olímpica. Em 2013, no Mundial, ela subiu ao pódio de novo, agora para colocar no peito a medalha de bronze.
7 - Rafaela Silva (Judô)
Rafaela Silva é aquela judoca brasileira que ficou conhecida nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Antes disso, ele caiu nas oitavas de final dos Jogos de 2012, em Londres por ter feito um movimento ilegal. Assim, sofreu muito racismo por parte dos torcedores.
Com 20 anos, Rafaela enfrentou a depressão, que veio desse simples e triste episódio. Pensou em largar o judô, mas foi nele que ela mudou a sua história. O título mundial veio em 2013 e em 2016 ela consagrou o seu talento com a primeira medalha de ouro do Brasil daquele ano.
Atualmente, ela é uma referência feminina dentro do esporte de luta no país.
6 - Daniel Dias (Natação)
O Daniel, hoje em dia, também é lembrado. Ele é um nadador do Brasil que participa com frequência dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, que foi aqui no país e isso aproximou muitos torcedores do atleta, que passou por maus bocados.
A superação está, desde o começo, na limitação física. Porém isso não o impediu de ter uma vida fora do normal. Atualmente, ele é o maior nadador paraolímpico de todos os tempos, no planeta. São 24 medalhas em 3 edições dos Jogos e com 30 anos, ele estará em mais uma.
Em palestras e vídeos, Daniel chegou a comentar sobre a importância de se manter disciplina em suas rotinas, que são bem diferentes dos atletas mais tradicionais. Portanto, é uma história inspiradora, de muita vontade e o resultado você sabe: medalhas.
5 - Diego Hypólito (Ginástica)
O Diego também é conhecido aqui no Brasil. Ele é o atual bicampeão mundial do solo na ginástica artística. Porém, quando chegou nos Jogos Olímpicos de 2008, o sonho de conquistar o pódio seria culminado em uma queda. Sim, ele caiu sentado e ficou longe da medalha.
No entanto, na edição seguinte, sem ser o favorito, ele voltou a cair. Assim, após duas quedas, Diego virou motivos de piadas. Mas, nos Jogos do Rio de 2016, considerado velho para a ginástica, ele surpreendeu e se tornou inspiração de muita gente.
Ele fez uma ótima apresentação, o que permitiu a ele a medalha de prata. Nessa mesma época, além de mencionar todas as críticas que sofreu durante as 2 últimas edições, Diego ainda contou sobre o abuso que sofreu na infância.
4 - Shang Chunsong (Ginástica)
Mais uma história da ginástica que temos que contar aqui é da Shang, uma chinesa de origem pobre que não tinha dinheiro nem para comprar comida. Ela e o irmão, que é parcialmente cego, iam para a escola pública a pé. O irmão a carregava no colo.
Inclusive, ele largou os estudos para ajudar a irmã a seguir a carreira artística. A partir disso, ambos juntariam dinheiro para ajudar o irmão a solucionar a doença da visão. Logo, quando você vê a imagem da medalhista por equipe Shang chorando no pódio, saiba o motivo.
3 - Anthony Ervin (Natação)
Ervin tem uma história muito interessante que merece estar aqui nessa listagem. Inclusive, deixamos para o fim porque é uma das mais impressionantes e que demonstram o poder da força de vontade e da superação. Ervin é nadador americano.
E tudo começou em Sidney, em 2000, quando ele com 19 anos ganhou o ouro nos 50 metros e a prata nos 4x100 metros. Porém, aos 22 anos se tornou viciado em drogas e largou o esporte por conta de uma depressão. Mais tarde, tentou se matar com tranquilizantes.
Porém, em 2011 ele decidiu voltar aos esportes e conseguiu participar dos Jogos Olímpicos de Londres, no ano seguinte. Mas, 4 anos depois, nos Jogos do Rio, ele conseguiu 2 medalhas de ouro nos jogos que participou.
2 - Dani Piedade (Handebol)
O handebol não é um dos esportes mais tradicionais no país. No entanto, tem ganhado novos adeptos a cada dia. Se você conhece um pouco da história do esporte feminino, deve ter ouvido falar da Dani, que é uma pivô da seleção brasileira. E vamos contar sobre a história dela.
No ano de 2012, ela sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) durante um treino. Ela teve dificuldades para falar e perdeu a consciência antes de desmaiar. Ficou internada por 10 dias e com sequelas na fala. Seria esse o fim da carreira da atleta? Não se tratando de Dani.
Após 14 meses do episódio, ela foi uma das jogadoras da seleção brasileira que conseguiu o primeiro título mundial. “Voltar a jogar, para mim, foi um milagre. Tudo me assustou muito. Posso dizer que nasci de novo”, contou ela durante uma entrevista.
1 - Dipa Karmakar (Salto)
Dipa é uma indiana. Mas não qualquer indiana. Ela é considerada a primeira mulher indiana a disputar os Jogos Olímpicos. O que pouca gente sabe é que ela não tinha roupas apropriadas para ir treinar antes de chegar lá, na competição mais importante do mundo.
O que ela fazia? Treinava em um lugar que tinha pilhas de colchões improvisados, ao lado de ratos e baratas. Ela não ganhou medalhas nos Jogos do Rio, em 2016. No entanto, conseguiu deixar para o Brasil e para o mundo um recado importante: dá para sonhar alto.
Ainda assim, ela soma 1 medalha de ouro na Copa do Mundo de Ginástica Artística e outra de bronze, na mesma competição. Em 2017, ela foi considerada uma super empreendedora da Ásia com menos de 30 anos, pela revista Forbes.
Atletas rompem limites
Não há limites quando se tem um grande sonho ou objetivo para alcançar. É isso o que a história desses atletas nos diz.
As histórias inspiram a todos e fazem parecer até simples alcançar metas assim, porém muita determinação se esconde atrás dessas vitórias.