Ele nasceu em 11 de janeiro de 1973 em Indore, Madhya Pradesh, Índia. Jogou como batedor e tinha um estilo chamado de “morcego destro”, usando muito bem o braço direito. Jogou em clubes de países como Índia, Escócia e em outros, especialmente da Ásia.
Ficou apelidado no esporte como “A Parede” ou “O Muro” e não por acaso. Ele é considerado um dos últimos batedores clássicos de maior sucesso no críquete. Constante, metódico e meteórico, ele fez sucesso na seleção nacional e foi a ponte para uma nova geração.
Ainda sobre Rahul Dravid
Já chegou a dizer, por várias vezes, que nunca foi um atleta nato e sim alguém que tinha poderes a partir do seu trabalho árduo de treinos e jogos. A concentração foi um diferencial importante e isso foi provado em 2003, quando a Índia venceu a Austrália pela primeira vez.
Sendo assim, vamos ao que interessa. Você vai ler nesse texto tópicos importantes da carreira do jogador, como a trajetória, a lenda, os prêmios, as honras e a opinião dele sobre o esporte nas Olimpíadas. Acompanhe!
A trajetória de Rahul Dravid no críquete
Fez o teste de estreia em junho de 1996 contra a Inglaterra. O último foi em 2012, contra a Austrália. No ODI, estreou em 1996 contra o Sri Lanka e o último foi em 2011 contra a Inglaterra. No ODI vestia a camisa 19 e no T20I também.
Lembrete: ODI e T20 são formatos de overs limitados do críquete. Em termos de equipes, ele jogou pelo Karnataka (Índia), Kent (Inglaterra), Scottish Saltiers (Escócia), Royal Challengers Bangalore (Índia), Rajasthan Royals (Índia) e o Clube de Críquete de Marylebone.
Além disso, saiba que ele atuou em um total de quatro formatos no críquete, além de ODI e T20, ele ainda jogou FC (First Class) e LA (List A). O resultado dá algo como 1.255 partidas de críquete em toda a carreira – algo, no mínimo, incrível para os dias de hoje.
Por que o Rahul é uma lenda do críquete
Existem vários motivos que a gente poderia citar aqui para tentar explicar e confirmar porque o Rahul Dravid é uma lenda do críquete no mundo todo. E nós optamos por usar um método diferente para fazer isso: trazendo os recordes do atleta indiano.
Então, separamos aqui alguns deles que vão impressionar você. Até mesmo porque é a prova de que ele se relaciona com o críquete de forma direta. Ao passo que o ídolo indiano também é referência para as novas gerações de jogadores e torcedores de críquete do mundo todo.
O que mais tem capturas, entradas e rebatidas
Com um total de 210 capturas ao longo da carreira, ele é o maior nome do esporte. Seguido dele vem um jogador do Sri Lanka chamado Mahela Jayawardene, que jogou praticamente nos mesmos anos do Rahul. Ele tem 205 capturas. E com 200 tem o JH Kallis, da África do Sul.
Já em termos de entradas consecutivas, ele tem 120, sendo que conseguiu elas a partir de agosto de 1999 até fevereiro de 2004. Atrás dele, bem próximo, vem o MD Crowe, da Nova Zelândia, com 119. Depois, o australiano KC Wessels, com 105 entradas.
Por último, também é fácil entender porque ele é uma lenda devido ao fato de ser o que mais tem rebatidas no mundo. Ao todo, são 173. Depois dele vem outro indiano, o SR. Tendulkar com 136 e o inglês AJ. Stewart, com 135.
Outros recordes de Rahul Dravid
Além de ser o número 1 em capturas, entradas e rebatidas, considere que ele também marca história com outros dados, ainda que não ocupe o mais alto lugar do ranking. Por exemplo, é o 5º jogador com mais partidas na carreira, totalizando 164.
É o 4º que mais correu e considerado o segundo mais rápido para os 9.000. Também está na 5ª posição entre os jogadores que mais possuem byes concedidos em um turno e é o terceiro lugar com execuções em um único ano civil. Ficou em 9º entre os mais rápidos dos 10.000.
As principais honrarias de Rahul Dravid
Para quem quer saber mais sobre as vitórias do jogador, considere que ele tem na coleção o Prêmio Arjuna (1998), o Padma Shri (2004) e o Padma Bhushan (2013).
Além dessas honras nacionais, ele tem outras. Por exemplo, o CEAT Internacional de Críquete da Copa do Mundo (1999), o Jogador do Ano de Wisden (2000), o Jogador de Críquete ICC do ano (2004), o Jogador de Teste do ICC do ano (2004).
E tem mais alguns, como o Capitão da Equipe de Teste do ICC (2006), o Prêmio NDTV pelo conjunto da obra (2011), o Prêmio Don Bradman (2012), o de Batedor de Teste de Maior Impacto da Wisden Índia (2015) e o ICC Hall of Fame (2018).
A aposentadoria de Rahul Dravid
Ele anunciou a aposentadoria do teste e do críquete nacional em março de 2012, após uma turnê que fez pela Austrália. Até essa data, ele era considerado o segundo maior corredor e quem tinha o maior número de capturas no críquete de teste.
Nessa época, ele disse: “minha abordagem para o críquete é simples: dei tudo ao time, joguei com dignidade e mantive o espírito de jogo. Espero ter feito parte da história. Eu falhei algumas vezes, mas jamais parei de tentar. É por isso que saio com tristeza e orgulho”.
Mas, vale lembrar que após esse anúncio, em 2014, ele voltou a jogar em uma partida de comemoração pelo bicentenário dos Lord’s.
O críquete em competições internacionais
Também não daria para citar essa lenda do críquete sem falar do grande apoio que ele dá sempre que o assunto de inserir o esporte nas Olimpíadas surge. O ex-capitão da Índia já declarou, por diversas vezes, que é totalmente a favor dessa inclusão no formato T20.
“Acho que será ótimo se for no formato T20. O críquete está sendo praticado em muitos países. É um esporte que requer instalações diferenciais e, talvez, esse seja o grande desafio”. Curiosidade a parte, a Copa do Mundo de Críquete estreou em 1975 e teve 12 edições.
A Índia, do Rahul Dravid, venceu em 1983 e em 2011. Porém, havia vencido também em 1975 e 1979 como sendo “Índias Ocidentais”. Assim, fica atrás apenas da Austrália, que já venceu 5 Copas do Mundo de Críquete.
O críquete nos Jogos Olímpicos
Esse esporte já esteve em Olimpíadas e isso aconteceu uma única vez, em 1900. Porém, nos últimos anos, muito tem se discutido sobre a entrada da modalidade nos Jogos. Em 2016, isso não aconteceu e somente o Rúgbi e o Golf entraram no programa.
Já em 2020/2021, o planejamento dos Jogos de Tóquio não inclui o esporte. Mas, para os Jogos de Paris, que vão acontecer em 2024, há uma grande expectativa, considerando que o críquete tem se tornado popular cada vez mais.
Os menos otimistas acreditam que a entrada do críquete nos Jogos deve acontecer apenas na outra edição, que vai acontecer em Los Angeles, em 2028. Atualmente, quem está por trás é o Conselho Internacional de Críquete, o ICC, que organiza os eventos do esporte.
Que fim levou o Rahul Dravid
Para quem chegou até aqui e ficou curioso com o fim de Rahul Dravid, considere que ele continua no esporte. Recentemente, assumiu o papel de técnico principal da seleção indiana em competições que incluem três ODIs e mais outros T20s que acontecem no Sri Lanka.
Lembrando que recentemente, em 2018, ele entrou para o Hall da Fama do ICC, que é o órgão mais poderoso por trás do críquete no mundo. Fora isso, ele é peça-chave em movimentos de defesa às crianças (CMCA) e um apoiador da Unicef em campanhas sobre a AIDS.
Além disso tudo, vale mencionar que até hoje, mesmo após aposentado, ele continua recebendo rendimentos para fazer publicidades para grandes marcas, como Reebok, Pepsi, Castrol, Max Life, Banco de Baroda, Citizen, Skyline Construction, Gillette, CRED, etc.
Para saber mais sobre a lenda indiana
Se você gostou desse texto, mas quer saber mais sobre a vida pessoal e profissional do jogador, considere que dá para encontrar detalhes nas biografias que ele lançou. Atualmente, são duas delas: Rahul Dravid – uma biografia e O cara legal que terminou primeiro.
Além disso, há um livro que foi criado a partir de artigos, depoimentos e entrevistas do jogador. Ele se chama Rahul Dravid: Timeless Steel. Outra forma de conseguir as informações é acompanhando as notícias dele pelo site que ele mantém atualizado.
Sachin Tendulkar, outra lenda indiana do críquete
Há uma luta que os próprios atletas preferem não opinar, mas que muita gente faz. Ela é sobre quem foi o melhor ou mais lendário jogador de críquete da Índia. De um lado, o Rahul, que acabamos de citar aqui. De outro, o Sachin Tendulkar, que tem até uma estátua no Madame Tussauds.
Talvez por estarem em posições de campo diferentes, eles preferem não dizer quem foi o melhor. E ambos possuem uma história incrível. Do lado do Sachin, leve em conta que ele era chamado de “Pequeno Mestre” e ficou ainda mais famoso por ganhar uma Ferrari do Mike Schumacher em 2002.