O pôquer é aquele jogo de cartas que muitas vezes é visto como jogo de azar. No entanto, se a gente considera a história dele, dá para entender melhor porque essa modalidade tem conquistado cada vez mais fãs no mundo todo, partindo dos americanos.
A complexidade do pôquer é o que faz dele um jogo único. Só que tem uma coisa: não é tão complicado assim de entender, ok? E mais do que sorte ou azar é preciso ter habilidade para blefar na hora certa ou simplesmente não cair nos blefes. Conheça mais da história do pôquer.

A história do pôquer
Conforme estudos, considere que a origem mais aceitável é sobre as origens antigas que vem há mais de mil anos. Sendo que antes do século 19 haviam jogos que podem ter sido base para a criação do pôquer. Mas, desde essa época, surgiu muita variação até chegar ao pôquer atual.

As menções mais antigas do esporte vêm da década de 1830 e 1840, sendo comentado por pessoas como Jonathan H. Green e Joe Cowell. Ambos falam em jogo de cartas com 20 cartas usando Ases, Reis, Damas, Valetes e 10. A curiosidade é que não tinha como dar empate.
Mais tarde, a mudança do jogo veio para a adição de novas cartas, totalizando 52 delas. Só que isso aconteceu de forma gradual. Foi juntamente com esse enredo que veio a ideia do “flush”, como nova chance de combinação. Em 1850 nasceu o “draw”, que permite troca de cartas.
Mais cartas e mais jogadores
O que se acredita é que a principal mudança veio com o acréscimo de cartas, o que permitiu que mais jogadores pudessem participar dos duelos. A partir disso a imagem do pôquer começou a ser difundida, deixando de ser jogo de azar e passando a ser de habilidade.

Com o draw, também veio a possibilidade de se aumentar as apostas. Assim, o jogo ficou mais interessante, o que também o tornou mais popular. Se a ideia inicial era a de ter sorte, agora não mais acontecia assim, já que era preciso saber jogar e blefar.
O que se sabe é que a maioria das inovações do pôquer veio com o Brag, que era um antigo jogo de cartas, antecessor ao pôquer. Hoje, o Brag é pouquíssimo praticado justamente porque as pessoas optam pelo pôquer, inclusive, na América e na Europa.
A popularização do pôquer
A partir da década de 1870, o pôquer se tornou ainda mais popular devido à Guerra Civil. Depois, ainda houve novas evoluções uma mudança de formato, também. Já no início do século 20 foi criado o “Texas Hold’em”, que era um formato de duas cartas nas mãos.

As outras 5 ficavam na mesa. Assim, elas iam sendo reveladas a cada jogada e havia a possibilidade de aumentar as apostas. Nesse mesmo ano, houve também uma série Mundial de Pôquer, que é o campeonato mais famoso do esporte, que acontece em Las Vegas.
Com a internet, o número de praticantes cresceu e o esporte vem se tornando cada vez mais popular. Hoje há campeonatos nacionais e outros intercontinentais. Inclusive, alguns acontecem online e valem bilhões de dólares.
O pôquer como esporte da mente
Já em 2010 é que veio um grande fato histórico para o pôquer. Isso porque a Associação Internacional de Esportes da Mente (IMSA) reconheceu o pôquer como sendo um esporte da mente, também, e isso levou ele para vários países do mundo.

Em países sul-americanos, como é o caso do Brasil, o pôquer existe desde 1946. Só que apenas em 2012 ele foi considerado, pelo Ministério dos Esportes, como um esporte oficial. A partir disso até se criou a Confederação Brasileira de Texas Hold’em.
O pôquer então deixa de ser marginalizado na maior parte do mundo e ganha novos adeptos. Inclusive, há muitos profissionais que ganham a vida com o pôquer. Reconhecendo toda essa trajetória de campeão, que tal a gente aprender sobre as regras do pôquer?
As regras do pôquer atual
É um jogo de cartas. Mais do que isso, é um jogo que combina cartas. O mais legal é que dá para considerar vários formatos de combinações. E tudo acontece por meio de 5 cartas que ficam expostas na mesa, para todos. Elas possuem ordem de importância.

É claro que ainda que seja um esporte da mente internacional pode haver variações nas regras dependendo de cada região. Assim, há duas formas de saber quando o jogo chega ao fim. Primeiro, é quando todos os participantes mostram as cartas e o da melhor combinação vence.
Depois, é quando os jogadores vão apostando até que sobre apenas um. Então, se os demais desistem das apostas, quem ficou é o vencedor sem que tenha que mostrar as suas cartas. Por isso, esse é um jogo de habilidades e blefe – e não somente de azar ou sorte.
O valor das combinações
Se não há combinações, a carta de maior valor vale mais. O 10 vale mais do que o 8, por exemplo. Mas ter um par é melhor do que não ter combinação alguma. Então, duas cartas do mesmo valor formam um par (ou dupla). E dá para formar dois pares também, viu.

Só que mais do que dois pares, o melhor é ter uma trinca. Que nada mais é do que três cartas do mesmo valor. A partir da trinca vem as melhores sequências, que começa com o straight. Ou seja, são 5 cartas sequenciais, de qualquer naipe. E depois vem o flush.
O flush é cinco cartas do mesmo naipe, só que não em sequência. Melhor do que o flush é o full house (também chamado de full hand). Ele é uma trinca e um par. Só que se alguém tiver uma quadra, ela vence quem tem o full house. Quadra é quatro cartas do mesmo valor.
As melhores combinações possíveis no pôquer
Só para recapitular o que falamos aqui, a ordem das combinações é a seguinte: carta de maior valor > par > dois pares > trinca > straight > flush > full house > quadra. Ou seja, até aqui a quadra é a melhor, ok? Só que temos mais duas combinações que são as melhores de todas.

A primeira é a straight flush. Ou seja, é uma sequência de flush. Logo, 5 cartas do mesmo naipe e em sequência. E a única combinação melhor do que o straight flush é o royal straight flush. Ele nada mais é do que uma combinação do mesmo naipe e em sequência, só que...
Só que começando pelo 10. Ou seja, a formação que se dá é: 10, valetes (J), damas (Q), res (K) e A. tudo tem que ser do mesmo naipe. Se você tiver essa sequência, a vitória é certa.
O pôquer com 7 cartas
Agora que você já sabe como funciona o pôquer, considere que uma das variações mais comuns é aquele que é jogado com 7 cartas na mesa. A vantagem dele é que o volume de apostas pode ser ainda maior. E cada jogador recebe 3 cartas, sendo 2 fechadas.

Assim, abre-se as apostas e as regras se mantém as mesmas. A única diferença é que cada jogador poderá trocar uma carta, que pode ser aberta ou fechada. Para que o jogo não se torne violento, há um volume de apostas, que é uma espécie de limite de cada casa.
O pôquer high-low
Essa é outra variação do pôquer. Em alguns lugares é conhecido como pôquer miséria porque ganha quem tiver nas mãos o maior e o menor valor também. Logo, as fichas são divididas entre os jogadores da mesa. E dá para trocar até 5 cartas, o restante você conhece.

A mão baixa é aquela que se define a partir do valor número das cartas que não formam o jogo. O A-2-3-4-5, por exemplo, é o menor jogo possível. Depois, vem o 2-3-4-5-6 e assim sucessivamente. O jogo baixo só vale se nenhuma carta tiver valor igual ou maior que 8.
O pôquer com coringa
Há ainda uma terceira versão do pôquer tradicional, que é mais comum em países da América do Sul. Ele funciona com as cartas comuns, que você conhece. No entanto, há o acréscimo de um coringa.

O coringa assume o papel de qualquer carta. Logo, o que muda é que abaixo da Royal Straight Flush vem a combinação de 5 cartas do mesmo valor, que pode ser formada com 4 cartas e mais o coringa.
O pôquer árabe
Ainda menos comum do que o uso do coringa, tem o pôquer árabe, que consiste em adicionar uma regra nova no jogo. Assim, ele diz que todo e qualquer vencedor que vence a mão, deve, de forma obrigatória, mostrar as cartas.
Assim, acaba sendo um uso mais recreativo do game. Logo, mesmo que a pessoa blefe, ela tem que mostrar as cartas. Geralmente, é uma forma que é aplicável em jogos para iniciantes, onde os jogadores estão aprendendo como funciona o pôquer.