Talvez essa seja a primeira ou segunda vez que você esteja ouvindo falar sobre o Tummy Time. E está tudo bem. Afinal, esse não é um termo tão comum assim. Mas, sempre que se ouve falar disso, a recomendação é: “ótimo para auxiliar no desenvolvimento físico do bebê”.
Então, sendo assim, é claro que você quer entender melhor do que se trata o Tummy Time. Por isso, a gente criou essa matéria e é exatamente sobre isso que vamos falar agora. Até mesmo porque o tema tem referência com o desenvolvimento infantil logo nos primeiros anos.
O que é o tummy time
A tradução mais encontrada se dá por “tempo de bruços”. E sim, se você pensou que tem a ver com deixar o bebê de barriguinha virada para o solo, você está completamente certo. Em um próximo momento, saiba que isso não precisa ser feito o tempo todo, está bem?
A recomendação médica é para que se deixe o bebê de bruços por algum período do dia. Atenção: também é valioso saber que essa não é uma posição recomendada para dormir devido ao possível engasgo que pode acontecer. Então, qual é a recomendação para dormir?
Já vamos voltar a falar do tummy time, mas antes saiba que a Academia Americana de Pediatria recomenda, desde estudos feitos na década de 1990, que os pais coloquem os bebês para dormir de barriga para cima. Isso reduz o risco de sufocamento e morte súbita.
A importância do tummy time
A gente citou a recomendação da Academia porque isso vai influenciar na importância do tummy time. Oras, se o bebê está dormindo de barriga para cima, isso também pode fazer com que ele tenha dificuldades em desenvolver as suas habilidades motoras.
Por isso, o tummy time surge como alternativa viável para ajuda-lo nesse desenvolvimento, criando chances para aprender a sentar, rolar e engatinhar. E tem mais: ficar muito tempo de barriga para cima pode fazer com que ele fique com a cabeça achatada e pescoço torto.
Então, resumindo a ópera toda até aqui, o que se recomenda é: coloque o bebê para dormir de barriga para cima e quando ele for brincar, deixe-o de barriga para baixo (bruços).
O começo do tummy time
Agora que você já sabe a importância da prática, vem a próxima dúvida: quando começar a praticar? A mesma Academia citada acima diz que isso pode ser feito desde os primeiros dias de vida. Ou seja, quando ele chegar em casa após o parto e o hospital.
Só que a principal questão não é sobre quando colocá-lo de bruços e sim quanto tempo. O ideal, nesses primeiros dias, é que isso seja feito em um intervalo que fique entre 2 a 5 minutos. E dá para repetir a “brincadeira” entre 2 e 3 vezes por dia.
Conforme o bebê for se habituando, então, dá para ir aumentando o tempo e também a frequência. No entanto, JAMAIS faça isso e deixe o bebê lá sem supervisão, ok? Inclusive, há algumas boas dicas para tornar o momento mais cômodo para o bebê e os pais. Veja adiante.
Os benefícios do tummy time
Antes de falar das dicas, a gente vai mencionar alguns dos benefícios, que vão além do desenvolvimento motor do bebê. De fato, em um primeiro momento, isso ajuda no desenvolvimento dos músculos. A explicação é que ele vai querer sair da posição inicial.
Então, isso vai forçar ele a buscar a visão do que está ao redor, fortalecendo especialmente os músculos das costas e dos ombros. Depois, os médicos ainda falam dos marcos físicos. Mas, o que seria isso? Movimentos simples, mas importantes. Por exemplo, firmar o pescoço.
Além disso, rolar, sentar e engatinhar. Logo, o exercício diário vai ajudar o bebê em todas essas conquistas. Resumindo, a gente tem o fortalecimento muscular, desenvolve o equilíbrio, a coordenação motora e a autoestima. Tudo de uma vez só.
A mobilidade do bebê
Uma próxima vantagem que é bastante visível após o início da prática do tummy time é que o bebê vai conseguir a realizar os primeiros movimentos de locomoção. Assim, ele vai poder pegar e usar brinquedos e objetos. Como? Ele vai se virar, literalmente. Ou se arrastar.
Mas, para que tudo isso funciona mesmo, lembre-se de seguir as orientações médicas, clínicas e das Academias. Isso tem a ver com o tempo de prática e o acompanhamento do bebê durante esse tempo. Afinal, ele ainda está em fase de desenvolvimento.
O que quer dizer que poderá ter alguma dificuldade inicial. Mas, com tempo e paciência, isso fará uma grande diferença no desenvolvimento infantil do seu pequeno, seja pensando na mobilidade, nos músculos, na atenção, na concentração e em tantos outros benefícios.
As fases do desenvolvimento físico do bebê
A gente criou esse tópico aqui como sendo importante também porque é legal saber, na média, como os bebês costumam reagir durante os primeiros meses. De todo modo, saiba que não é uma regra e sim uma média, o que é comum na maioria, mas não vale para todos.
Por exemplo, no primeiro mês é comum que ele movimente a cabeça para respirar melhor enquanto está deitado. As ações são apenas reflexivas e a percepção visual é apenas de perto. Até os 4 meses, ele começa a sugar o polegar e reproduzir sons. Já reage ao próprio nome.
No quinto mês, ele já começa a sentar e manter as costas eretas. Também segura objetos e interage com eles. Aos 6 meses tenta imitar a voz da mãe. Um mês depois, fica sentado sem apoios e começa a se arrastar aos 8 meses. Aos 9, começa a ficar em pé.
O desenvolvimento do bebê partir de 1 ano
A partir dos 12 meses, ele fica bem mais firme quando está sentado, começa a andar segurando a mão e repete os gestos. Também pode ser que emita algumas palavras. Também começa a subir e descer escadas ajoelhado.
Depois disso, a cada 6 meses é possível que ele tenha uma nova atividade “surpreendente”. Por exemplo, aos 18 meses começa a segurar em corrimãos e descer escadas ou subir elas. Também salta com os pés e tem atos bem mais coordenados.
Já aos 2 anos, ele se chama pelo próprio nome, comunica com gestos e fala com outras crianças. Aliás, ele constrói frases a partir do “não”, de forma sistémica. Aos 3 anos, no entanto, há um “boom” na coordenação motora da criança, como correr e saltar.
O seu bebê não segue o padrão de desenvolvimento
A técnica do tummy time é importante para que o bebê se mantenha nesse padrão. No entanto, não quer dizer que ele não possa fugir dele. Na verdade, o mais importante é saber que cada criança tem o seu próprio tempo.
De todo modo, se você achar que há algum atraso ou problema nisso, o ideal é procurar ajuda especializada de profissionais da saúde, especialmente, os pediatras. Agora, vamos a dica para praticar o tummy time de forma mais confortável para os pais e bebês.
As melhores dicas para realizar o tummy time
Uma das dicas iniciais para quer praticar o tummy time com o bebê, mas não sabe muito bem como começar é usar o momento da troca da fralda para isso. Ou seja, em 3 vezes ao dia, quando for trocar a fralda do bebê, coloque ele de bruços por 1 minuto.
Após um período, quando você notar que o bebê está mais forte, então, use uma estrutura mais dura para isso, como um tapete no chão ou um cobertor. Também é legal diversificar a textura para ele ir conhecendo. Outra dica tem a ver com os brinquedos.
A ideia é usar brinquedos para chamar a atenção dele. Coloque a frente dele para que ele tente alcançar. Um espelho de plástico é um ótimo brinquedo nessa hora. Aliás, poucos bebês gostam de ficar de bruços, por isso, é ideal que escolha um bom momento para isso.
O que não se deve fazer na hora do tummy time
Considere que há algumas recomendações que também valem para o sentido contrário: devem ser evitadas. Por exemplo, pense sempre em superfícies firmes e que não tenha risco de quedas. O chão sempre vai ser o local ideal para isso.
Outra coisa importante é saber que jamais se deve deixar o bebê sozinho durante a prática. E, também é bacana esperar ao menos 40 minutos após a mamada ou refeição para fazer o tummy time. Aliás, jamais faça isso se ele não estiver à vontade.
E, como já comentamos aqui, se ele estiver com sono, é ideal virá-lo de barriga para cima para que ele durma. Jamais se deve colocar o bebê de bruços na hora do sono, conforme as orientações da Academia Americana de Pediatria.
E quando o bebê não quer ficar de bruços
Geralmente, nos primeiros dias, o bebê não vai querer ficar nessa posição, o que é bastante comum. Nesse caso, a recomendação é manter a calma e iniciar o processo de forma lenta e amigável. Se não der certo na primeira vez, tente em outras.
Uma boa dica é fazer o contato visual com o bebê, lembrar de usar os brinquedos para distração e ir afastando aos poucos para que ele entenda a “brincadeira”. Em outros casos, deixa-lo deitado no peito pode ser um primeiro passo, mas faça isso com bastante atenção.