Conheça a história e as regras da Luta Greco-Romana

A luta greco-romana tem esse nome porque vem de uma origem que une a Grécia à Roma. No entanto, na prática, você sabe o que isso quer dizer? Nesse texto, a gente vai falar mais sobre esse esporte que é Olímpico e tem atraído novos lutadores a cada ano.

Nas próximas linhas, você vai descobrir a origem da luta greco-romana, a entrada dela nas Olimpíadas, a divisão por categorias e ainda vai ver quem são os maiores campeões dos Jogos. Ah, e trouxemos algumas curiosidades também, não deixe de ler. 

Conheça a história e as regras da Luta Greco-Romana
Foto: (reprodução/internet)

Veja mais alguns tópicos que serão abordados nesse artigo:

  • De onde vem a luta greco-romana
  • A inclusão da luta greco-romana nas Olimpíadas
  • A profissionalização da luta greco-romana
  • A adaptação da luta greco-romana como esporte
  • A volta da luta greco-romana nas Olimpíadas
  • A divisão de categorias na luta greco-romana
  • Os maiores campeões das Olimpíadas na luta greco-romana
  • As regras da luta greco-romana
  • Sobre os golpes na luta greco-romana
  • Os golpes permitidos na luta greco-romana
  • Algumas curiosidades da luta greco-romana

De onde vem a luta greco-romana

A história mais aceita hoje em dia é contada pela United World Wrestling. Isso porque essa luta é considerada uma das primeiras formas de se manifestar durante a Idade da Pedra. Portanto, de fato, estamos falando de um esporte bastante antigo. 

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Foto: (reprodução/internet)

Para quem gosta de história do mundo, nós estamos falando dos povos sumérios, que são lá do Egito Antigo, bem ao Sul da Mesopotâmia. E essas descobertas sobre a luta vieram de desenhos e esculturas, como referentes à Epopeia de Gilgamesh

Com certeza, haviam regras, arbitragem e até mesmo uma sequência de lutadores. O que se imagina é que a luta era uma espécie de arte divina, voltada à religião e que agregava a isso uma possibilidade de treinamento para os jovens daquela Era. É a ciência e a religião unidas.

A inclusão da luta greco-romana nas Olimpíadas

A partir de 708 a. C, o esporte entrou nas Olimpíadas como parte da modalidade Pentatlo, que era bem diferente da versão atual. Mas, ao mesmo tempo, para os romanos a luta era um esporte, também focado em soldados e aristocratas. Assim, não chegava aos palácios.

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Foto: (reprodução/internet)

Mais tarde, quando o Barão Pierre de Coubertin fez seus esforços para que as Olimpíadas voltassem a acontecer, ele lembrou-se da luta. Por isso, ela voltou a ser praticada nos Jogos desde 1896, que é a primeira edição da Era Moderna das Olimpíadas. 

Nesse ano, além da luta greco-romana só havia mais 9 modalidades de esporte. E a luta, por sua vez, ainda estava longe de ser padronizada. Ou seja, não se tinha categorias, nem regras, como a gente conhece hoje. 

A profissionalização da luta greco-romana

Mesmo que já estivesse incluída na lista de esportes dos Jogos, essa luta ainda não era profissional. Aliás, poucos esportes eram profissionalizados nessa época. Logo, o processo se iniciou na França, em 1930. Isso porque a luta passou a ser uma forma de entretenimento. 

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Foto: (reprodução/internet)

Assim, aparecia em programas, como as exposições de animais selvagens, acrobacias circenses e até mesmo aquela ideia de monstros da vida real, sabe? A luta greco-romana era uma das apresentações que fechavam o conjunto todo. Por isso, se profissionalizou. 

Mais tarde, um nome importante é o de Jean Exbroyat, que criou a primeira companhia circense de lutadores, do que ficou chamado de “luta corpo a corpo”. A regra, nesse caso, era uma só: não se pode dar golpes em linhas abaixo da cintura. 

A adaptação da luta greco-romana como esporte

Seguindo a trajetória cronológica, a gente pode notar que em 1872 a companhia circense teve um novo gestor, Rossignol-Rollin, que levou as exibições para países como Itália, Rússia e para o Império Austro-húngaro. Daí é que vem os nomes que definem os estilos dessa luta. 

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Foto: (reprodução/internet)

Ou seja, dá para se pensar em luta greco-romana, luta francesa e luta clássica. A partir desse momento, a luta começou a acontecer em competições também, especialmente na Europa. Ainda que as regras fossem bastante particulares de cada estilo e cada região. 

Só que ao mesmo tempo em que ganha força como competição, a luta passa também a se tornar esporte. Isso se intensificou ainda mais quando ela foi levada para as escolas e os clubes regionais. A popularização está ligada a esportivização da luta. 

A volta da luta greco-romana nas Olimpíadas

Se você leu a parte de cima com atenção, viu que a luta entrou nas Olimpíadas como parte do Pentatlo, correto? Assim, agora é hora de descobrir que a partir de 1904 ela esteve nos Jogos como esporte individual mesmo. Em 1908 entrou como wrestling, no estilo livre para homens.

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Foto: (reprodução/internet)

Para quem não sabe ou não entendeu, wrestling é uma expressão que indica luta livre profissional. Assim, é aquele tipo de evento que é focado não apenas no esporte, mas também no entretenimento.

Bem mais tarde, em 2004, a luta greco-romana também foi incluída nos Jogos na opção para mulheres. Assim, entrou como estilo livre feminino, sendo a única luta olímpica, no formato greco-romano, disputada por mulheres hoje em dia.

A divisão de categorias na luta greco-romana

Atualmente, o programa atual desse tipo de luta prevê modalidades, sendo que a divisão é feita por pesos. Só que esses pesos foram mudando conforme o tempo. Por exemplo, o peso galo era para lutadores com menos de 58 quilos em 1924 e menos de 55 quilos em 2004.

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Foto: (reprodução/internet)

Já o peso meio-pesado teve variação maior. Em 1964 era considerado nessa categoria quem tivesse abaixo de 97 quilos. Em 1996, para essa categoria era preciso ter menos do que 90 quilos. Uma grande diferença, não é? Aliás, hoje não temos o peso meio-pesado como oficial.

As categorias atuais são: peso galo (- 56 quilos), peso leve (- 66 quilos), peso meio-médio (- 75 quilos), peso médio (- 85 quilos), peso pesado (- 98 quilos), peso super pesado (- 130 quilos). O peso mosca-ligeiro, o peso mosca, o peso pena e o peso meio-pesado não existem mais. 

Os maiores campeões das Olimpíadas na luta greco-romana

Assim sendo, não dá para citar todos os vencedores dessa luta nas Olimpíadas porque são muitos e dos mais variados países. No entanto, a gente consegue separar alguns nomes que marcaram a história. Por exemplo, o alemão Carl Schuhmann, que venceu o evento de 1896.

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Foto: (reprodução/internet)

Mithat Bayrak, da Turquia venceu 2 Olimpíadas, sendo do peso meio-médio. Isso aconteceu em 1956 e 1960. Na mesma categoria, há um campeão que venceu as 2 últimas edições, o russo Roman Vlasov. E no peso médio há vários que venceram 2 Olimpíadas seguidas.

São eles: Vaino Kokkinen (Finlândia), Axel Gronberg (Suécia) e Hamza Yerlikaya (Turquia). E a gente jamais poderia deixar de falar de Mijaín López, um cubano venceu 3 Olimpíadas. Ele é do peso super pesado e venceu as 3 últimas edições dos Jogos. 

As regras da luta greco-romana

Apesar de ser considerada uma luta livre, saiba que não é bem assim que funciona. Isso porque há regras que precisam ser seguidas nessa batalha. Ou seja, é uma luta livre, mas nem tanto, entendeu? Primeiro, vamos analisar a estrutura e depois os golpes e pontuação.

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Foto: (reprodução/internet)

A estrutura tem a ver com um tablado de 12 metros em cada lateral. A zona de combate fica dentro de um círculo de 9 metros de diâmetro. O combate dura apenas 2 rounds de 3 minutos cada um. Há um intervalo de 30 segundos entre os rounds. 

A pontuação tem a ver com os golpes. Sendo assim, eles variam de 1 a 5, conforme o grau de dificuldade. Mas, quem conseguir abrir 10 pontos de vantagens vence a luta, caso isso aconteça antes do tempo estipulado. Se houver empate no tempo, tem a prorrogação.

Sobre os golpes na luta greco-romana

Você sabe que os golpes valem pontos. O que não sabe ainda é que a vitória também pode acontecer por finalização, que é quando um golpe é aplicado de forma bem-sucedida e que impeça o adversário de continuar na briga. Isso além do tempo de luta ou dos 10 pontos.

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Agora vamos pensar nos golpes proibidos. É isso mesmo: dar socos, chutes, cotoveladas, puxar o cabelo, fazer torções ou estrangulamento não está permitido. E quem fizer isso é desclassificado. Ou seja, não é uma luta livre de verdade, é?

Mas, a partir disso, dá para imaginar que é possível criar várias estratégias na luta, seja pensando em abrir pontos de vantagens ou estudando as chances de finalização. Por isso mesmo, conhecer os golpes que existem na luta greco-romana importa. Vamos lá.

Os golpes permitidos na luta greco-romana

O Encostamento (pin e touché) é um golpe que foca na dominação do adversário. Para isso, o lutador pressiona as costas dele contra o solo. O Golpe de Braço é quando o lutador segura o braço do outro de costas para ele e impulsiona-o para frente a partir do ombro, derrubando-o.

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Foto: (reprodução/internet)

Já o Gut Wrench é aplicado quando o lutador que está com as costas no chão tenta inverter a situação. Para isso, abraça a cintura do adversário e rola com ele no chão, sustentando pés e cabeça. Tem a Queda, que é um golpe que derruba o adversário no solo usando o joelho. 

Por fim, podemos falar do Suplê, que nada mais é do que um golpe que o lutador segura o oponente por trás, pela cintura, curvando para derrubá-lo. Depois, lança ele para trás, por cima da cabeça, durante a queda. E em cada movimento desse pode haver variações. 

Algumas curiosidades da luta greco-romana

Já no fim, vamos citar algumas curiosidades sobre a luta. Saiba que quando um lutador está em desvantagem ou cometeu falta, ele deve começar o próximo round posicionado com as mãos e os joelhos no solo. Isso se chama par terre e é uma posição obrigatória para esses casos. 

Outra coisa é que o lutador de luta greco-romana é chamado de gressista. Sem contar que há 3 estilos de wrestling disponíveis hoje em dia, a luta greco-romana é uma. Depois, ainda vem a luta livre masculina e a luta livre feminina.