No fim do texto a gente vai sim citar o melhor jogador de rúgbi do mundo de todos os tempos. Ao menos, considerando a opinião de especialistas, dos próprios jogadores e de agências que promovem eventos como as premiações.
Porém, é preciso dizer que essa escolha não foi fácil de ter sido feita. E para provar isso, a gente vai citar aqui os possíveis candidatos a melhor jogador de rúgbi. Até mesmo porque eles são de várias nacionalidades e de tempos diferentes. Veja só!
Gareth Edwards (País de Gales)
O País de Gales é um dos países que tem muita tradição no rúgbi masculino. E o Gareth é um dos mais famosos do país. Ele foi considerado o melhor jogador de rúgbi dos anos de 1970 e, para muitos especialistas do esporte, o maior da história do esporte.
Ele tinha um ótimo passe e corria muito. Além disso, chutava bem e sabia “ler” os espaços em campo. Jogou entre 1967 e 1978 pela seleção na posição de half. Ou seja, ele não teve chances de jogar Copa do Mundo porque elas não existiam nessa época.
Ainda assim, em aparições incríveis pelo Lions, a seleção do Reino Unido, ele anotou mais de 90 pontos em mais de 50 partidas. Foram 20 tries.
Serge Blanco (França)
O Serge nasceu na Venezuela. Porém, foi criado no país basco francês. Ele conseguiu unir as suas influências para se tornar um monstro do rúgbi. Habilidoso e arrogante ao mesmo tempo, ele atacava sempre com muita confiança.
Assim, ele se consagrou como um dos melhores do mundo, tendo anotado 233 pontos em 93 partidas. Blanco jogou entre os anos de 1980 e 1991.
Michael Jones (Nova Zelândia)
Temos aqui um dos primeiros All Blacks que você vai ver nessa lista. Jones é um dos grandes nomes da história do rúgbi mundial. Ele chegou a ser considerado o melhor do mundo no rúgbi durante os anos que jogou. Fez 55 partidas pela seleção, entre 1986 e 1998, com 56 pontos.
Nos primeiros anos da carreira, ele foi chamado de “flecha”, já que atuava pelos corredores como ninguém fazia. Foi ele que marcou o primeiro try da história da Copa do Mundo, em um jogo duro contra a Itália. Porém, em 1989 se lesionou, no joelho.
Ainda assim, conseguiu adaptar a sua “correria” para um jogo mais inteligente. O problema é que a partir da primeira lesão, ele começou a se machucar sempre.
Jonny Wilkison (Inglaterra)
O Jonny é conhecido por ser o primeiro e maior herdeiro do Edwards. Ele também atuava como half, porém, tinha um porte físico bem menor. A obsessão pelos treinos era a mesma, dizem os especialistas no esporte.
Era um jogador muito rápido e muito habilidoso também. Até hoje é considerado o maior pontuador da história da Copa do Mundo de rúgbi. Ele tem 277 pontos, sendo que 113 vieram da edição de 2003, em que os ingleses foram os campeões.
O jogador foi o melhor do ano naquela competição e aquilo tudo era só o começo, já que ao longo de 13 anos de carreira, ele somou 1.246 pontos em 91 partidas que disputou. Foram 7 tries e 169 conversões, além de 255 penalidades.
David Campese (Austrália)
Em 1991, ele foi considerado o melhor jogador de rúgbi do mundo. David brilhou muito na segunda edição da Copa do Mundo que existiu e foi o líder do seu pais na conquista do primeiro título mundial.
Ele era ponta ou zagueiro, podendo variar entre as posições. O fato é que se destacou porque corria muito e tinha um ótimo “trabalho de pés”. Era o jogador com o timing perfeito para fazer ataques e pontuar. Jogou entre 1982 e 1996 em mais de 100 jogos. Foram 315 pontos.
Martin Johnson (Inglaterra)
Outro jogador inglês que aparece aqui é o Johnson. Ele foi considerado um dos maiores líderes do esporte – tanto dentro como fora de campo. Era muito ético e foi o capitão do time na Copa do Mundo de 2013, quando a sua seleção levou o troféu para casa.
Aliás, foi nesse ano que ele atuou pela última vez durante a sua década de história na seleção. Foram 84 partidas, sendo que 39 delas foi com a faixa de capitão. O curioso é que ele só marcou 10 pontos no time – isso porque a sua posição não permitia mais.
O fato curioso é que o inteligente jogador inglês se transformou em um técnico de sucesso também, levando a Inglaterra ao título da Six Nations de 2011.
Brian O’Driscoll (Irlanda)
Ele é uma lenda da seleção irlandesa de rúgbi. Porém, o mais curioso é que nunca venceu um prêmio de melhor do mundo. Jogava como centro e participou de competições entre 1999 e 2014. O maior destaque dele é sobre o tanto que vinha com a explosão física.
Além disso, marcou história por longa data, já que atuou em 133 partidas. Na carreira, ele soma 250 pontos e 47 tries. O problema é que mesmo com tantos jogos, a carreira foi interrompida porque ele perdeu 50% da capacidade da visão.
Richie McCaw (Nova Zelândia)
Aqui temos outro All Black. O McCaw não jogou ao lado de Michael Jones, já citado aqui. Porém, sempre está ao lado dele na lista dos melhores jogadores do mundo no esporte. Ele foi um dos principais nomes no bicampeonato da seleção.
Ao todo, ele tem 148 partidas, sendo em apenas 4 anos (entre 2011 e 2015). Além disso, são 135 pontos em 27 tries. Em 2015, ele foi considerado o jogador com mais partidas em Copa do Mundo, somando 17.
Dan Carter (Nova Zelândia)
É um dos principais nomes da atualidade, aliás, era. Isso porque ele anunciou a aposentadoria nos últimos meses. Foi o nome mais importante da década de 2010. O camisa 10 dos All Blacks ajudou na conquista de um bicampeonato do mundo.
Em resumo, ele é o maior pontuador da seleção neozelandesa, sendo 1.598 pontos com o uniforme preto mais famoso do mundo.
Outros possíveis nomes
A gente detalhou um pouquinho dos principais jogadores de rúgbi que o mundo já viu. Porém, acabamos deixando para trás outros nomes que também são importantes para o esporte.
Quem quiser pesquisar mais afundo pode fazer isso anotando o nome do francês Antoine Dupont, do inglês Mario Itoje e o All Black Richie Mo’unga. Sem falar ainda de Sam Simmonds, que é um dos melhores finalizadores. E o ponta Semi Readradra, que é de Fiji e joga pelo Bristol.
O melhor do rúgbi de todos os tempos: Jonah Lomu (Nova Zelândia)
Temos aqui aquele que, possivelmente, foi o melhor jogador de rúgbi de todos os tempos. Ele é um homem que morreu bem cedo, aos 40 anos de idade, no ano de 2015. E nasceu em Auckland, Nova Zelândia. Pelo seu país, ele jogou entre 1994 e 2002.
É filho de pais que nasceram em Tonga, um reino da Oceania. No campo, ele jogava como ponta, ficando entre os backs. O que mais impressionava nele é que era um jogador muito veloz, mesmo tendo um físico impressionante. Ele era bem forte, fisicamente falando.
Passou a ser considerado como a primeira estrela do rúgbi no mundo e, por isso, o maior jogador desse esporte. Em 2011, batizou o seu nome em um videogame. Ele morreu jovem porque tinha uma doença renal, que era bem rara e, como visto, mortal.
O breve histórico da trajetória de Lomu
A verdade é que não é fácil resumir a história toda de Lomu no rúgbi. Mas, nós vamos tentar fazer isso agora mesmo. Ele nasceu no subúrbio, mas se tornou um astro dos All Blacks na década de 1990. A estreia foi em 1994, com 19 anos.
Na Copa do Mundo de 1995, ele levou o país as finais após muitas goleadas. Foi líder em pontos, tries e drop goals. Em 1999, de novo, ele foi o principal nome do país no torneio, o tryman. Ele foi brilhante depois na batalha conhecida como “maior de todos os tempos”.
Vale considerar, que ele ainda defendeu o país no rúgbi sevens, um formato diferente, e foi campeão do mundo. Venceu os Jogos da Comunidade Britânica. Em clubes, ele ficou famoso em vários da Oceania, sendo esses:
- Countries Manukau (1994-1999);
- Wellington (2003-2006);
- Cardiff Blues (2005-2006);
- North Harbour (2006);
- Marseille-Vitroles (2009-2010).
O jogador Lomu além dos gramados
O que o torna o melhor jogador de rúgbi de todos os tempos também está fora dos gramados. Em 2009, por exemplo, a história dele surgiu no filme Invictus. Em 2010, ele participou da seleção alemã de futebol para ajudar nos exercícios de força antes da Copa do mundo de 2010.
Fora isso, no ano de 2011, algum tempo após ter feito o seu primeiro transplante renal, ele revelou ao mundo que precisaria de um novo tratamento. Em pouco tempo, ele perdeu 30 quilos. Mas, foi aí que viu a sua notoriedade no mundo, com tantos gestos de carinho.
