A montaria em touros é uma das principais e mais conhecidas modalidades de uma competição de rodeio. Mas, diferente do que a grande maioria das pessoas pensam, essa não é a única. Tem ainda a de 3 tambores, com cavalos, bezerros e muitas outras.
Aliás, há algumas curiosidades incluídas nesse esporte. Apesar de ter recebido críticas por parte de órgãos em prol da defesa dos animais, o rodeio tem se profissionalizado cada vez mais com as medidas de segurança. Entenda as modalidades do rodeio.
Os maiores rodeios do mundo
Antes de a gente falar dessas modalidades, considere também que há um grande número de eventos e rodeios ao redor do mundo que fazem esse esporte se tornar ainda mais popular. O maior deles é do Professional Bull Riders, que tem uma final em Las Vegas, Estados Unidos.
Depois, a gente ainda tem o Houston Livestock Show and Rodeo, no Texas. O evento todo dura 3 semanas e estipula-se que o faturamento, do rodeio e do show, passe de R$ 1 bilhão anualmente. O Calgary Stampede é no Canadá e o Cheyenne Frontier Days em solo americano.
Por último também dá para citar a Festa do Peão de Barretos, que é no Brasil. O lugar reúne vários talentos nacionais e da região da América. Inclusive, os vencedores são levados para as competições e finais citadas acima, especialmente nos Estados Unidos.
A montaria em touro
A gente não poderia começar de forma diferente, não é mesmo? Essa é a modalidade mais famosa do esporte e a mais apreciada nos grandes eventos mundiais. Qual é a regra: se manter por 8 segundos em cima do touro. Geralmente, um touro bravo.
Assim sendo, o peão tem que segurar uma corda (chamada de corda americana) que é presa no corpo do animal. E só vale segurar com uma única mão. A outra mão deve ficar livre, sem tocar em nada. Geralmente, é usada para buscar o equilíbrio, no ar mesmo.
Após a abertura do brete, o peão tem que permanecer ali por 8 segundos. A sua performance tem uma avaliação feita por 2 árbitros. Um juiz dá uma nota de 0 a 50 com base no desempenho do peão. E outro avalia a dificuldade (de 0 a 50). A soma dá a nota final.
Sela americana
Apesar de ser bem menos conhecida do que a montaria em touros, essa prova é muito parecida. O que vai mudar é que ao invés de montar em touros, os profissionais devem fazer a montaria em cavalos.
E quando o cavalo adentra na arena é preciso que o peão faça o mark-out. Mas, o que é isso? É se posicionar com as esporas na altura do pescoço do cavalo e puxá-lo para trás. O animal, assim, dará saltos e o peão tem que ficar ali por 8 segundos.
Se algumas das regras não forem seguidas, então, o cavaleiro é desclassificado. A nota dele, como na montaria em touros, também é de 0 a 100. Do mesmo modo, equipamentos de segurança para peão e animal são obrigatórios, inclusive, há um salva-vidas, como falaremos abaixo.
Cutiano
Se a sela americana não é muito conhecida, o cutiano bem menos. Ainda assim, é uma modalidade muito próxima com as citadas até aqui. Só que vai mudar algumas coisas. Isso porque o peão deve segurar a rédea do cavalo usando uma das mãos.
Já a outra tem que ficar livre sem tocar em nada. Portanto, é uma forma mais difícil de se equilibrar. Assim, quando o cavalo sai do brete, o peão tem que fazer o mesmo movimento e permanecer ali por 8 segundos. E quanto mais tempo em cima dele, maior a nota.
Os 3 tambores
Essa prova também é um pouco mais conhecida das pessoas. Ainda mais porque ser uma prova típica das mulheres. A prova consiste em um percurso que acontece dentro de uma arena e que tem, obviamente, 3 tambores. Eles são posicionados de forma triangular.
E sempre ficam do lado oposto da largada. Então, a amazona ou cowgirl tem que passar pelos 3 tambores no menor tempo possível e sem derrubar eles. Assim que ela chega até a linha de chegada, o cronômetro para. A cada tambor que cai 5 segundos é adicionado ao tempo dela.
A montaria acontece em cavalos, ok? E não em touros, como no caso citado acima.
O team penning
Essa modalidade é bem menos conhecida, mas é bastante interessante. Primeiro porque ela acontece em trio. Assim, o mais bacana é que geralmente são equipes formadas por membros da própria família. E na arena há uma área com curral e na outra são soltos 30 animais.
O que acontece? Na hora da disputa, cada grupo recebe um número, através de sorteio. Então, os competidores se reúnem para encontrar os 3 animais com a numeração sorteada. Então, devem leva-los até o curral. O tempo máximo é de 60 segundos para cada trio.
Mas, se mais de 3 animais cruzarem a linha do curral, então, a prova não é válida.
O team roping
É mais ou menos uma versão do team penning. Só que nesse caso dá para competir com cowboys e cowgirls. A disputa geralmente é entre duplas. O objetivo é lançar e imobilizar um bezerro e não um cavalo, ok?
Assim, tanto bezerro como a dupla são liberados junto na arena. Logo, eles devem lançar a cabeça do animal. E após fazer isso, o outro competidor deve laçar as pernas do animal. Assim, o anima fica imobilizado e o cronômetro para. Vence quem fizer em menos tempo.
Mala de louco
Essa é uma modalidade bem restrita a alguns países. Ainda assim, é curiosa. O nome vem do fato de que os atletas devem estar fantasiados. Logo, a ideia é que um tambor esteja a 60 metros do ponto de largada.
A partir disso, os competidores, que participam em duplas, devem contornar o tambor com o cavalo. Mas, saiba que somente 1 fica montado nele. O outro é responsável por montar no cavalo após a virada no tambor.
Assim, a dificuldade está em fazer a montagem em menor tempo. Aliás, se derrubar o tambor ou não montar no cavalo em 10 metros, então, a dupla é desclassificada.
Bareback
Imagine só um competidor deitado no cavalo. Já viu isso? Então, provavelmente você viu um Bareback, já que é uma das poucas disputas onde isso acontece. Assim, o peão, deitado no cavalo, deve fazer alguns movimentos, que não são aleatórios. Vamos explicar já.
Ele deve se deitar no dorso do animal. Na região da cernelha, tem que acionar uma alça de couro (isso é que se chama bareback). Assim, ele puxa as esporas no sentido da alça e tem que ficar no cavalo por 8 segundos. A nota também vai de 0 a 100.
Os touros mais bravos das montarias
Aqui a gente tem uma curiosidade, que tem a ver com a modalidade de montaria em touro. Saiba que a Professional Bull Rider é uma empresa que organizar o maior evento de montarias do mundo. E com base nesses eventos, alguns estudiosos listaram os touros mais bravos.
O mais violento de todos é o Bodacious. Ele é norte-americano e sempre causava ferimentos nos peões. Tuff Hedeman, um peão conhecido internacionalmente, chegou a ter a face destruída pelo touro na final de 1995. O touro de 1200 Kg foi aposentado.
Outro é o Touro Bandido. Ele é do Brasil e conhecido por ser uma lenda. A fama também veio por derrubar peões com rapidez. Até hoje somente 1 peão ficou em cima dele por 8 segundos. Em 2008, ele encerrou a carreira, após 200 competições. E morreu em 2009 vítima de câncer.
O papel dos salva-vidas
Aqui a gente também pode mencionar que em qualquer uma dessas competições, mas especialmente nas montarias em touros, o papel do salva-vidas é importante. Ele é uma pessoa que frisa pela segurança do peão. Assim, fica próximo a arena disposto a ajudar.
Ou seja, em caso de quedas dos peões, por exemplo, ele entra em ação para “distrair” o animal. Até hoje, a gente consegue ver um grande número de atuações desses profissionais que acabaram evitando sérios problemas aos peões dos touros bravos.
Um bom exemplo está no vídeo acima. O vídeo é do Rodeio em Ação e mostra algumas cenas bem bacanas dos Salva-Vidas. Inclusive, o apresentar explica um pouco mais da ação desse profissional, citando posicionamento, o objetivo e outras curiosidades.
Como surgiu o rodeio
Para finalizar todo esse estudo e as curiosidades do rodeio, saiba que seu surgimento, ao que tudo indica, se deu no fim do século 19, nos Estados Unidos. Isso aconteceu após a vitória sobre o México, onde os colonos estadunidenses incorporaram a cultura aos costumes locais.
Assim, tanto a festa como a doma de animais eram comuns em povos espanhóis. Sendo que não há registros no mundo do evento e do esporte antes dessa data. Por isso, hoje em dia várias regiões disputam o posto de pioneira, como Prescott, Payson, Arizona, Deer Traile, Colorado.